segunda-feira, 4 de setembro de 2017

TNLO – Silly season

Para mim sempre que falam do mês de agosto, lembro me logo dessa expressão. Parece que fica tudo louco… 
É carros na faixa do meio da A1 a 50km à hora, carros “tunning”com matriculas estrangeiras a 120km no meio das localidades a passar nas lombas, é ETs a fazerem trails sem preparação…

Pois, agosto é sempre mês de jantaradas, poucos treinos, e a meio um ou outro trail…

Em 2016 o TNLO foi o primeiro trail a sério que fiz. Foi até engraçado (na altura não achei piada nenhuma) porque o meu marido virou se para mim e disse que se tinha inscrito no trail longo, e aproveitou e inscreveu me no trail curto (em 2016 foram 15km).
- Então e quem vai da equipa???
- Vou eu e tu!!! “responde o gajo.
Só me apeteceu apertar lhe o pescoço… Então inscreve me para fazer 15km à noite, sozinha e nem me pede opinião... Era efeitos da “silly season”, só podia…

Lá comprei um “frontal” numa dessas lojas de desporto, que é claro não iluminava nada (again silly season) e um cinto para uma garrafa maior… O trail longo partiu primeiro, e de repente dei por mim sozinha no castelo de Óbidos, à noite a olhar para todos aqueles atletas (ou com aspecto disso)… E eis que começa a aventura…

Foi espectacular, adorei ir sozinha, ao meu ritmo, foi pena não ver grande coisa (prometi a mim mesma que ia arranjar um frontal a sério). A uns kms do fim deparei me com um “túnel” de canaviais. Estava completamente sozinha e não queria entrar ali sem companhia. Então voltei para trás ate encontrar duas pessoas que por acaso são de uma equipa vizinha. Fui com eles até quase ao fim, porque à chegada à vila senti uma energia extra e eles não conseguiram acompanhar me. Demorei 2h58m, foi brutal para uma ET como eu…

Este ano aumentaram as distancias, 21km para o curto, 42 para o longo. Então combinei ir com o meu marido aos 21km (silly, silly, silly), e digo vos, que foi HORRÍVEL… Sim foi uma prova para esquecer… Ir com uma melga durante 21km a chatear, é muito mau…

“Então mas já estás cansada, depois de fazeres esta subida com uma inclinação enorme…” “Mas como é possível doerem te os joelhos a fazer descidas tipo downhill…” “E não corres??” “Tás parada a beber água???”

AHHHHHHHH parecíamos o Statler e o Waldorf dos marretas, a discutir às escuras (sim estávamos na silly season, por isso não comprei um frontal decente) no meio do monte…

Statler e Waldorf

Foram 5 horas de tortura, sim demoramos 5 horas para fazer 21km… É claro que não estava nada, nada preparada para uma distancia tão grande, até porque passei o mês todo com a ideia de que era uma prova de 17km (nas Dores é que vão ser 17km) e não treinei nada de jeito.

No final fomos fazer uma massagem, onde levei uma sova da massagista.

Foi para aprender… Ou não???

6 comentários:

  1. Bem-vinda de volta!
    Pobre de ti, já na Scalabis tinha sido um sofrimento, imagino em Óbidos! LOL
    Ou não, ou não...
    Beijinhos!

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    1. Foi um desperdício de energias, a discutir, sim a discutir...
      Se calhar para o ano faço o mesmo :)
      E parabéns ;)

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  2. ahah muito bom. Só fiz uma prova com a minha mulher e por acaso até foi a Scalabis, mas até correu bem. Por outro lado..já foi há 3 ou 4 anos por isso não sei bem ahah

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    1. Este ano na Scalabis estava muito mal, com uma anemia e ele estava a recuperar de uma entorse, então fomos os dois (devagarinho disse ele) e também foi horrível... E aprendi com isso?? Noop... É a silly season!!

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  3. Bem que aventura essa com o teu marido! Às vezes aquilo que nos deixa mais ansiosos acaba por se revelar a melhor opção. Também estava com receio de fazer a minha primeira prova em Trail sozinha mas, depois de ler o teu relato, talvez não seja má ideia ahahahah

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    1. Vai com alguém que corra ao teu ritmo, e que não se importe de parar ou então vai sozinha ao teu ritmo. O trial é diferente. Há sempre alguém que te dá uma dica de como meter o pé nas descidas cheias de lama, ou que te põe as mãos no rabo para te ajudar a subir para uma pedra, porque és "rodas baixas" e as tuas pernas não têm amplitude... Há um sentimento de ajuda, há quem pare para ajudar quem está em dificuldade...

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